Thursday, January 29, 2009

O Curioso Caso de Benjamin Button


O Curioso Caso de Benjamin Button
Drama - 12 anos
Sinopse: Adaptada por Eric Roth (Forrest Gump, O Informante, Ali) do conto homônimo de F. Scott Fitzgerald (1896-1940), a história acompanha um homem (Brad Pitt) com uma incomum condição. Benjamin Button nasce velho, aos 80, e rejuvenesce conforme passam os anos.
(The Curious Case of Benjamin Button) EUA, 2008. Direção: David Fincher. Elenco: Brad Pitt, Cate Blanchett, Tilda Swinton. Duração: 159 min.

Rafinha

Sabe aqueles filmes que fazem a gente se sentir bem por estar vivo? Então, esse é o caso.

Benjamin Button nasce velho e vai rejuvenescendo com o passar do tempo, até morrer bebê. A história é basicamente isso. O que não quer dizer que seja ruim, eu gostei do filme, só não acho que mereça 13 indicações ao Oscar. Gostei principalmente por conta do ar nostálgico, das imagens antigas entrecortando a narração, principalmente para ilustrar os causos do velhinho que já foi atingido por raios sete vezes. Eu gosto de coisas antigas, oras.

Eu acho mesmo é que americano adora esse tipo de filme, com mensagens felizes de que é bom viver, apesar dos pesares. Pra mim filmes assim são como livros de auto-ajuda, quem lê se sente todo cheio de disposição para fazer o que tem de ser feito, mas é só fechar o livro para voltar a comer gordura, fumar e reclamar da vida.

Brad Pitt ta lá, nada excepcional, nada memorável, nem premiável. Cate Blanchett também, mas ela é ruiva e lindona, então tá valendo. A ex-namorandinha na vida real de Pitt também ta lá, Julia Ormond, lembra da vagabundinha que come os 3 irmãos em Lendas da Paixão? Então, é ela.

E é isso, o filme tem 2:40 de duração, então vá ver com a bexiga vazia. Eu vi em casa, fiquei com preguiça de ver no cinema. Mas vale o preço do ingresso.

Digressão: Tem outro filme com essa temática que quero ver, youth without youth de Coppola, acho que nem chegou aqui, apesar de já ter sido lançado lá fora há um tempão. Nesse, um velho – Tim Roth! - é atingido por um raio e começa a rejuvenescer, bacana, né?


M.

Meu plano era assistir no cinema. Mas, após muito relutar comigo mesmo, acabei assistindo em casa. O que muito contribuiu pra isso foi pensar na longa duração do filme, preso no cinema. Terminei então assistindo mesmo no meu pc, na telinha de 19’.

Achei a história bonitinha, coisa e tal. Bem provável que o conto que inspirou seja melhor, mas acredito que tenha sido uma boa adaptação. A maquiagem é legal e dá realmente pra ir notando a diferença de idade nos personagens centrais.

Uma coisa que me incomoda é que são temas recorrentes no filme as questões da velhice, da finitude e da morte. São coisas (principalmente a velhice e a finitude), que me incomodam bastante. Mesmo “já” aos 30 ainda não sou confortável com a perspectiva de ficar velho, enrugado e – pior de tudo – dependente. Pode ser até que outras pessoas vejam a traminha de amor como o ponto central do filme, mas pra mim não funcionou assim.

Como recebeu 13 indicações para o Oscar, acredito que todo mundo acabe assistindo. Como modo de balancear o impacto oscariano que as pessoas podem sofrer, deixo aqui minha opinião de que o filme é legal, bonito, bem feito, mas não é o último biscoito do pacote.

Monday, January 12, 2009

O Dia Em Que a Terra Parou




O Dia Em Que a Terra Parou
Ficção Científica - 10 ANOS


(The Day the Earth Stood Still) EUA, 2008. Direção: Scott Derrickson. Elenco: Keanu Reeves, Jennifer Connelly, John Cleese. Duração: 103 min.

Sinopse: O filme mostra a chegada à Terra de um alienígena, Klaatu (Keanu Reeves), e um indestrutível robô gigante, portando um ultimato: se os humanos não impedirem a devastação ambiental, serão extintos.




Arrafinha

Eu sou muito fã de filmes de aliens e catástrofes que exterminam a raça humana, depois que vi "Guerra dos mundos", a versão nova, até pesadelos eu tive, Ets hostis me assustam muito.

Da versão antiga eu ri muito, aquela mulher histérica e os fios segurando as naves são muito engraçados.

"O dia que a terra parou" não é um filme de Ets, Klaatu tem corpo humano, não aparecem naves, só um monte de luzinhas e esferinhas brihante. Não é dos melhores não, "Guerra dos mundos", o novo, é bem mais emocionante. Keanu Reeves é perfeito para o papel do inexpressivo Klaatu. Vocês sabiam que Keanu significa "brisa suave sobre as montanhas"? Pois então, só queria compartilhar meu conhecimento.

CUIDADO, A PARTIR DAQUI TEM SPOILER!

Eu não comi mesmo o fato do Klaatu ficar bonzinho e liberar a raça humana do extermínio, not a fucking chance. O Et chega aqui com tudo planejado, não consegue
conversar com os líderes mundiais como queria, não consegue porra nenhuma, e muda de idéia quando a mulherzinha se abraça com o guri? NOT A FUCKING CHANCE! Se fosse eu, exterminava a porra toda!

Pois então, se não tiver nada melhor para fazer ou ver, vá ver esse filme, se tiver apenas curioso, espere sair em dvd. A música de Raul Seixas tá na trilha. Tá, é brincadeira.

M.

Multiplex, sábado de tarde. Um ambiente cheio de pessoas querendo ver “Se eu fosse você 2”, esta pérola do cinema nacional. E lá vou eu assistir “O dia em que a Terra parou”, já certo de que se trata também de uma pérola do cinema internacional. Pelo menos, fui de alma aberta, esperando simplesmente me divertir com os efeitos, coisa e tal. Minha sala também estava bastante cheia e do meu lado sentou um senhor de idade, que não apenas tinha aquele cheiro que a velhice traz, como cochilou por metade do filme. Essas coisas me deprimem, mas tentei ignorar tanto quanto pude.

Keanu Reeves, ah Keanu Reeves, acho que na verdade você é o tal do Klaatu, viu? Quando assistirem vocês entenderão a razão. Bom, o mote é que é filme de alien + destruição global-apocalipse (dois temas que Arrafinha adora, embora aqui nem apareçam tanto). Mas acho que a temática é mais campanha de Al Gore com efeitos especiais, esse tipo de coisa, sabe? Não vou contar o final, mas também nem precisa. Qualquer pessoa com dois neurônios ou mais que leia isso aqui acho que já tem noção de como o filme acaba.

Filme pra assistir quando você não está a fim de pensar, nem está procurando por grandes atuações ou roteiro fantástico. Estilo “sente, relaxe e coma sua pipoca”. Tem gente que não assiste filme assim, mas se você, como eu (seguindo meu amigo Jack), consegue ligar esse mood de assistir sem se estressar, pode ir.

Sunday, January 4, 2009

Hiroshima meu amor





Hiroshima meu amor (Hiroshima mon amour, França/Japão, 1959)
Direção: Alain Resnais
Elenco: Emmanuelle Riva, Eiji Okada, Stella Dassas, Bernard Fresson, Pierre Barbaud e Eddie Constantine.
Duração: 90 min.
Censura: 14 anos
Formato: 35mm

Sinopse - Participando de um filme sobre a paz, em Hiroshima, nos anos 50, atriz francesa passa a noite com um arquiteto japonês. Tudo isso traz lembranças de sua juventude, na cidade de Nevers, durante a Segunda Guerra Mundial, período no qual foi perseguida e também quando se apaixonou por um soldado alemão. Baseado nas crônicas de Marguerite Duras, também responsável pelo roteiro e diálogos. A fotografia em tons de cinza, de Sacha Vierny, e a música romântica de Giovanni Fusco e George Delerue realçam o realismo poético das belas imagens desta obra-prima de Resnais. Foi um dos filmes que mais influenciou os jovens intelectuais engajados politicamente nos anos 60.


Arrafinha

“Hiroshima Mon Amour” é um daqueles filmes que a gente assiste para se sentir mais Cult, mais conhecedor da 7ª arte, mais em paz com a própria consciência por não ver apenas blockbusters hollywoodianos.

A história gira em torno de uma atriz francesa e um arquiteto japonês que iniciam um caso quando ela vai à Hiroshima participar de um filme sobre a paz. Entre uma trepada e outra, ela conta a história de sua vida, a juventude em Nevers durante a segunda guerra e a perseguição por ter se apaixonado por um soldado alemão. A seqüência inicial sobre os horrores que se seguiram à bomba atômica é de partir o coração e eu chorei mesmo.

O caso entre os dois é bem chato, a mulher é bem puta-louca e fica sem saber se vai ou se fica com o cara.

Percebi um certo elogio ao esquecimento, às memórias que se esvanecem, o tempo todo eles falam que, eventualmente, irão esquecer um ao outro e ZzZZzZZZZZZZZZZzzzzZZZZzz.
O filme é lento e não dá para ver se você quer apenas passar o tempo. A direção é de Alan Resnais, um francês de quem eu nunca havia ouvido falar antes, mas dizem que ele é importante e famoso, aí eu acredito.


M.

“Hiroshima mon amour” é um filme antigo. E cabeção. Então, se você estiver num dia impaciente, nem tente assistir, porque não vai dar. Assistimos na sala Walter da Silveira, o que pra mim sempre é algo inusitado. Se por um lado me incomoda o calor (porque até economia o ar condicionado parece que estavam fazendo), a tela pequena e o som meio capenga, por outro lado gosto da sensação de estar assistindo um filme fora de um “multiplex”. É uma sensação que meio que me remete a um tempo mais antigo, o que acho que combinou com o clima do filme.

Voltando ao filme, posso dizer que é um filme forte, num certo sentido. No início, muitas cenas de pós-bomba, com criancinhas deformadas e tudo mais. No seu transcorrer, que tem por linha narrativa a história de amor de uma atriz francesa com um arquiteto japonês, várias considerações são feitas, principalmente sobre questões como amor, loucura e a própria loucura das guerras.

Em suma, o filme é bom, mas é um filme para um dia que você esteja sem pressa e com disposição para se deixar envolver pela trama e temas ali tratados. Se não estiver nesse mood, nem vá.

Thursday, January 1, 2009

Bolt



Bolt - Supercão
Animação - Livre

Sinopse: Bolt é um pastor alemão que sempre viveu dentro de um programa de TV, onde acredita ter superpoderes. Quando, por acidente, ele é separado do programa, acaba conhecendo uma gata e um hamster que vão ajudá-lo a conhecer o mundo real.

(Bolt 3D) EUA, 2008. Direção: Chris Williams. Vozes: John Travolta, Thomas Haden Church, Woody Harrelson. Duração: 96 min.


Arrafinha.

Eu, particularmente, não sinto muito amor no coração pelas animações da Disney, pois costumam ser bobinhas e cheias de lições de moral edificantes. Quando fui ver Bolt, entrei na sala sem grandes expectativas, só estava mesmo esperando o horário do Outback abrir. Pois bem, me diverti muito! A animação em si não traz nada de novo, mas a historinha é divertida que é uma beleza. Além do pastor branco Bolt, tem uma gata de rua que tiraniza os pombos bem Corleone style e um hamster absurdamente gordo que acredita ter lobos como ancestrais. Os melhores momentos do filme são por conta dos coadjuvantes.

Pequena digressão: Eu realmente não gosto da idéia de sempre se ter gatos como vilões, isso fica na cabeça dos guris e eles crescem achando que gatos são pequenas encarnações do diabo, não gosto disso. Pronto, voltando ao assunto, o fato de John Lasseter, o fodão da Pixar, ter produzido o filme contou muitos pontos, ele foi o produtor executivo de Ratatoille, Os incríveis, Monstros SA, Wall-E e mais um montão de outras animações bacanas.

E as crianças presentes na sala – sim, eu vi uma cópia dublada, não tinha legendada – estavam bem comportadinhas, as desgraças. Tinha uma menininha com déficit auditivo, porque ela fazia perguntas à mãe gritando, mas tirando isso os pequenos demônios estavam bem adestrados. Muito bem, crianças.


M.

Hoje assistimos Bolt. Foi uma coisa totalmente não planejada, mas que acabou acontecendo. Não planejada principalmente por dois motivos: cópia dublada e animação da Disney, que são coisas que me tiram um pouquinho o tesão (embora eu adore animações em geral), o que terminou contribuindo ainda mais pra impressão favorável.

Serei um pouquinho spoiler, mas vamos lá. Já o início do filme é bem bacana, mostrando a “filmagem” do seriado de Bolt. Achei uma abordagem interessante, de modo que algum desavisado que entre na sala sem ter lido sequer a sinopse, pode ficar ainda mais surpreso depois que souber exatamente do que se trata.

Os personagens-animais são todos legais. Bolt, os gatos, o hamster e os pombos, todos têm personalidades interessantes e que convencem. Claro que não poderíamos deixar de ter, no conjunto, em se tratando de uma animação (principalmente da Disney), um estilo “o bem vence o mal, espanta o temporal”, mas não é algo que neste caso tenha comprometido a diversão. Pode ir assistir sem medo!