Sunday, January 4, 2009

Hiroshima meu amor





Hiroshima meu amor (Hiroshima mon amour, França/Japão, 1959)
Direção: Alain Resnais
Elenco: Emmanuelle Riva, Eiji Okada, Stella Dassas, Bernard Fresson, Pierre Barbaud e Eddie Constantine.
Duração: 90 min.
Censura: 14 anos
Formato: 35mm

Sinopse - Participando de um filme sobre a paz, em Hiroshima, nos anos 50, atriz francesa passa a noite com um arquiteto japonês. Tudo isso traz lembranças de sua juventude, na cidade de Nevers, durante a Segunda Guerra Mundial, período no qual foi perseguida e também quando se apaixonou por um soldado alemão. Baseado nas crônicas de Marguerite Duras, também responsável pelo roteiro e diálogos. A fotografia em tons de cinza, de Sacha Vierny, e a música romântica de Giovanni Fusco e George Delerue realçam o realismo poético das belas imagens desta obra-prima de Resnais. Foi um dos filmes que mais influenciou os jovens intelectuais engajados politicamente nos anos 60.


Arrafinha

“Hiroshima Mon Amour” é um daqueles filmes que a gente assiste para se sentir mais Cult, mais conhecedor da 7ª arte, mais em paz com a própria consciência por não ver apenas blockbusters hollywoodianos.

A história gira em torno de uma atriz francesa e um arquiteto japonês que iniciam um caso quando ela vai à Hiroshima participar de um filme sobre a paz. Entre uma trepada e outra, ela conta a história de sua vida, a juventude em Nevers durante a segunda guerra e a perseguição por ter se apaixonado por um soldado alemão. A seqüência inicial sobre os horrores que se seguiram à bomba atômica é de partir o coração e eu chorei mesmo.

O caso entre os dois é bem chato, a mulher é bem puta-louca e fica sem saber se vai ou se fica com o cara.

Percebi um certo elogio ao esquecimento, às memórias que se esvanecem, o tempo todo eles falam que, eventualmente, irão esquecer um ao outro e ZzZZzZZZZZZZZZZzzzzZZZZzz.
O filme é lento e não dá para ver se você quer apenas passar o tempo. A direção é de Alan Resnais, um francês de quem eu nunca havia ouvido falar antes, mas dizem que ele é importante e famoso, aí eu acredito.


M.

“Hiroshima mon amour” é um filme antigo. E cabeção. Então, se você estiver num dia impaciente, nem tente assistir, porque não vai dar. Assistimos na sala Walter da Silveira, o que pra mim sempre é algo inusitado. Se por um lado me incomoda o calor (porque até economia o ar condicionado parece que estavam fazendo), a tela pequena e o som meio capenga, por outro lado gosto da sensação de estar assistindo um filme fora de um “multiplex”. É uma sensação que meio que me remete a um tempo mais antigo, o que acho que combinou com o clima do filme.

Voltando ao filme, posso dizer que é um filme forte, num certo sentido. No início, muitas cenas de pós-bomba, com criancinhas deformadas e tudo mais. No seu transcorrer, que tem por linha narrativa a história de amor de uma atriz francesa com um arquiteto japonês, várias considerações são feitas, principalmente sobre questões como amor, loucura e a própria loucura das guerras.

Em suma, o filme é bom, mas é um filme para um dia que você esteja sem pressa e com disposição para se deixar envolver pela trama e temas ali tratados. Se não estiver nesse mood, nem vá.

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