Friday, February 27, 2009

Sexta-feira 13




Sexta-feira 13
Terror - 18 ANOS

No reinício da cultuada série, Jason Vorhees caça, como sempre, os jovens que se aventuram na região de Cristal Lake. Desta vez as vítimas vêm em grupos... primeiro em busca de uma lendária plantação de maconha que cresceu descontrolada às margens do lago. Depois, como uma turma de amigos que vai passar um fim de semana no local. Ligando ambas as excursões está um rapaz (Jared Padalecki) em busca de sua irmã desaparecida.

(Friday the 13th) EUA, 2009. Direção: Marcus Nispel. Elenco: Derek Mears, Jared Padalecki. Duração: 97 min.


Rafinha

É, Mau e eu fomos ver Sexta-feira 13, eu relutei muito, mas acabei aceitando apenas para não voltar para casa. Tínhamos ido ver Slumdog Millionaire, mas a sessão estava lotada. Maldito Oscar!

Então, tudo o que eu esperava do filme estava lá, inclusive os adolescentes mal-educados e estúpidos. Os primeiros minutos do filme são uma introdução à já conhecida história, entretanto os adolescentes estúpidos não sabiam como chamar essa parte inicial e eu sugeria mentalmente: “Introdução? Prelúdio? Preâmbulo?”. Mas eles não me deram ouvidos e largaram: (coloque aqui a voz mais irritante que você conseguir imaginar)”Um tira-gosto! Essa parte aí é só um tira-gosto!”.

Do filme, não há muito o que dizer, é até divertido se você vai sabendo a tosqueira que o espera, gatinhas com peitinhos de fora, riquinhos imbecis, mortes sangrentas e rápidas, etc.

P.S.: Eu estava torcendo para Jason não matar o japinha.


M.

Foi por acaso que terminei reencontrando Jason Vorhees. Fui assistir o filme como se deve ir para filmes deste tipo, ou seja, sem qualquer grande expectativa e preparado para rir das mortes toscas, de modo que terminei até me divertindo.

Não vou falar muito sobre o filme, porque o remake é mais um Sexta-Feira 13 e a fórmula continua a mesma: morte, sexo e peitos de fora. Prefiro falar sobre a horda de adolescentes que não tinha conhecimento da palavra “introdução”, “abertura”, “prelúdio”, e só conseguiu se manifestar sobre a parte do filme que ocorre antes de surgir o título como sendo o “aperitivo”. Quase me irritei com o barulho que eles faziam, mas depois pensei: é filme de Jason, tem que ser assim mesmo, senão perde parte da essência.

Acho que não preciso também dar conselhos sobre assistir ou não: como falei, não há aqui nenhuma novidade significativa em relação aos anteriores.

Monday, February 23, 2009

O Lutador


O Lutador
Drama - 14 ANOS
Vinte anos depois de seu auge, The Ram (Mickey Rourke) segue fazendo a única coisa que sabe: lutar. Mas forçado pelos médicos a interromper sua longeva carreira, ele começa a trabalhar no balcão de frios de um supermercado. Mas surge, então, a proposta para uma luta com o seu maior rival, o Aiatolá (Ernest Miller), e fica difícil para The Ram resistir...
(The Wrestler) EUA, 2008. Direção: Darren Aronofsky. Elenco: Mickey Rourke, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood. Duração: 109 min.


Rafinha

Ver um ator de quem gosto renascer das cinzas, tal qual uma fênix - =D - me deixa bem feliz, foi assim com Robert Downey Jr e está sendo assim com Mickey Rourke. Tio Rourke hoje está velho e meio deformado, mas ele já foi o gatinho de Coração Satânico – um dos primeiros filmes que me lembro de ter visto quando criança no recém-comprado videocassete lá de casa.

Em O Lutador, Rourke bota pra foder, pardon my french. O filme é um drama e conta a história de Randy “The Ram” Robinson, um lutador que já conheceu a fama e hoje vive como um loser total. A chatinha da Evan Rachel Wood que faz a filha de “The Ram” não consegue macular o filme, o papel dela é tão pequeno que poderia ter sido feito por qualquer atriz desconhecida.

A trilha é muito boa, e tem até Guns n´ Roses!

Gostaria de ter visto Rourke ganhar o Oscar de melhor ator, não sei se Sean Penn mereceu porque não vi “Milk”, talvez eu mude de opinião.

Vale lembrar que quem dirigiu O Lutador foi Darren Aronofsky, o mesmo do fantástico Requiem para um sonho.



M.

É um filme emocionante. Primeira frase que faço questão de colocar aqui. Mickey Rourke está sensacional no papel de Randy “The Ram” Robinson e achei lamentável que o Oscar não tenha ficado para ele, mas, enfim, coisas da vida. O personagem central é um lutador de wrestler, aquelas “lutas montadas” que muitos dos que são da minha idade costumavam assistir na TV. Um sucesso nos anos oitenta, embora ainda lute e seja uma lenda entre os seus, tendo nos seus dias áureos direito a action figure e videogame baseado na sua história, Ram se encontra agora pobre, velho e fracassado para a maior parte dos padrões da sociedade. Como eu disse, emociona.

Destaque também para a trilha sonora que é também muito boa. Muito hard rock e até mesmo lamentações por Kurt Cobain ter estragado com a festa toda, embora, no meu caso, ele tenha sido responsável por boa parte delas. Infância nos oitenta e adolescência nos noventa faz você se sentir desse jeito.

Wednesday, February 18, 2009

Coraline




Coraline e o Mundo Secreto
Animação – LIVRE

Baseado no livro infanto-juvenil de Neil Gaiman, em que uma garotinha chamada Coraline (Dakota Fanning) muda-se com seus pais workaholics (Teri Hatcher e John Hodgman) para um enorme e antigo casarão. Aborrecida, ela começa a conhecer seus estranhos vizinhos e a explorar o local - e acaba encontrando um mágico universo alternativo, onde existem amorosas versões de seus pais com botões no lugar dos olhos.

(Coraline) EUA, 2009. Direção: Henry Selick. Vozes: Dakota Fanning, Teri Hatcher, Keith David. Duração: 102 min.


Rafinha

Desde que vi “O estranho mundo de Jack” espero por outra animação dirigida por Henry Selick. Um monte de gente pensa que ela foi dirigida por Tim Burton, mas não foi não. Em Coraline, Selick fez um trabalho primoroso, o filme é simplesmente lindo!

Li o livro há muito tempo e não lembrava dos detalhes, o filme consegue transformar muitos aspectos do livro e criar outros, o que só traz mais beleza para a animação. A parte do jardim mágico é genial e cheia de cor. E pensar que aquilo tudo foi feito em stop motion.

Aqui em Salvador nós fomos agraciados apenas com cópias dubladas, não deixe isso te desanimar, vale a pena ver Coraline na tela grande, apesar desse fato ter trazido outros bem desagradáveis na esteira, como a presença maciça de crianças pequenas na sala. A sessão que eu e Mau pegamos estava cheia de crianças e adolescentes e até um bebê (!!!), para nossa surpresa o bebê não deu um pio durante todo o filme, entretanto tinha um guri de uns 4, 5 anos que não parava de falar com uma vozinha de menino mimado, e eu bem acho que a vagabunda da mãe dele achava uma gracinha ele ficar fazendo perguntas sobre o filme. Desgraça!

Enfim, Coraline é massa, vão ver!


M.

Eu pago pau pra Neil Gaiman em alta, isso é de conhecimento geral. Por conta disso é que fui ver Coraline logo na primeira oportunidade que tive, o que me gerou algum infortúnio: aturar crianças mimadas e adolescentes numa sessão das 15h. Então, amiguinhos, aprendam com meu erro e só assistam esse filme em sessões das 20h em diante.

Choro à parte, o resultado ficou muito bom! O roteiro não segue exatamente o texto do livro, contando até com um personagem central novo, que é um amiguinho de Coraline. Mas, no que importa mesmo, o trabalho foi bem feito. Há um clima sombrio e tive uma certa satisfação quando ouvi um gurizinho, numa das cenas sombrias, dizendo “eu quero ir pra minha casa...”. Sou sádico, eu sei.

Mais um detalhe: o filme é pra ser visto em cinema 3D. Se existe alguma na sua cidade, vá; caso more na província soteropolitana, como é o meu caso, se contente com a versão em 2D mesmo, que ainda assim é muito boa.

Sunday, February 8, 2009

Persépolis




Persépolis
Animação – 12 anos
Sinopse: Da infância à vida adulta, as descobertas de uma garota iraniana louca por Rock and Roll e cinema, e o desenvolvimento de sua arte contra o regime Islâmico.
(Persépolis) França e Estados Unidos, 2007. Direção: Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud. Vozes: Chiara Mastroianni, Catherine Deneuve, Simon Abkarian, Danielle Darrieux. Duração: 95 min.


Rafinha

Ter ido ver Persépolis no cinema me deixou feliz. Primeiro por não ter perdido a oportunidade de ver o filme ainda na tela grande, pois estreou há muito, muito tempo; segundo pelo preço do ingresso, apenas 3,50 meia; e terceiro, e não menos importante, porque a história é muito boa.

Marjane Satrapi conta sua história, da infãncia no Teerã, à Adolescência na Áustria, sua vida entre os anos 80 e 90, época em que tudo era proibido por aquelas bandas e as pessoas não tinham liberdade nem mesmo para andar de mãos dadas nas ruas.

Satrapi era uma outsider, ouvia, clandestinamente, iron maiden e adorava Bruce Lee, frequentemente discutia com professores e em diversas ocasiões foi pega pela polícia, ora por andar sem o lenço cobrindo a cabeça, ora por andar maquiada. O desrespeito e repressão sofrido pelas mulheres choca a quem nunca conviveu com isso, em certa ocasião ela é parada pela polícia porque está correndo, pois "o balanço de seu traseiro é obsceno", ao qual ela responde "então parem de olhar para o meu traseiro!" e volta a correr, afinal está atrasada para a aula.

O filme é todo em um tipo de ilustração bonita e simples, afinal tendo uma história tão boa, não precisava fazer muito mais.

O filme mexeu um tantinho assim comigo, me senti frívola e superficial.

A humanidade é uma desgraça, vale sempre lembrar.

P.S.: O filme foi co-escrito e co-dirigido por ela e hoje Satrapi vive na França.


M.

Já tinha dado uma olhada nos quadrinhos, nas minhas eternas idas a livrarias, mas até hoje não li história toda. Assim, assisti a animação já sabendo a temática, mas sem saber exatamente que rumo tomaria sendo que, felizmente, tomou um que me agradou.

Gosto de ter informações que me possibilitem o contato com culturas estrangeiras. Acho que pela estranheza acabo ficando ainda mais interessado quando se trata de uma cultura “alien” na minha cabeça, como é o caso do Irã. Persépolis dá uma noção interessante dos fatos históricos que levaram às coisas serem como são hoje.

Pra mim é impressionante ver como, em vinte anos, tantas coisas mudaram naquele país. De um momento em que é normal uma menina fã de Bruce Lee andando com um tênis Adidas na rua, para outro em que há a obrigatoriedade do uso do véu e fitas-cassete do Iron Maiden são vendidas clandestinamente. De um momento em que uma pessoa é limpador de vidro, para outro em que, por ser um fanático religioso, se torna o diretor de um hospital. É este tipo de fato que me faz pensar como a idiotice humana não possui limite algum.

Assista, reflita, aprenda e tente tornar este mundo um pouco menos imbecil.

Monday, February 2, 2009

Sim Senhor




Sim Senhor
Comédia - 14 anos

Carl (Jim Carrey) está na fossa. Tudo na sua vida vai mal, até que encontra um antigo amigo e o acompanha a um programa de auto-ajuda baseado em um único e simples princípio: diga “sim” para tudo e para qualquer coisa. A partir desse momento, as coisas começam a dar certo. Mas é possível dizer "sim" para tudo?
(Yes Man) EUA, 2009. Direção: Peyton Reed. Elenco: Jim Carrey, Zooey Deschanel, Molly Sims. Duração: 104 min.


Rafinha

Eu gosto de Jim Carrey desde os tempos de "O máscara". Gosto dele fazendo careta, gosto dele sendo loser e dramático. Em "Sim, senhor" ele retoma as caras e bocas e o jeito besta que me diverte tanto. O plot do filme é reciclado de "O mentiroso", um cara que não vive a própria vida é forçado a dizer sim à tudo, tudo mesmo! Mas enquanto em "O mentiroso", ele é "amaldiçoado", em "Sim, senhor" ele acha que tem que ser fiel à uma promessa que, na verdade, nem existiu. E é só isso. Filmezinho divertido, bacaninha. Se você não ri com facilidade e acha humor físico ridículo, não perca seu tempo. Se você é homem ou lésbica e está procurando uma desculpa pra ir ver, vale conferir a bonitinha da Zooey Deschanel, o par romântico de Carrey.


M.

Tem gente que odeia Jim Carrey com todas as forças do seu ser. Não faço parte desse grupo de pessoas. Não sou fã, mas também não odeio. Nesse filme notei até como ele está mais velho, o rosto com mais marcas de expressão, essas coisas.

O personagem de Jim Carrey, Carl, é um cara que não gosta de curtir a vida. Não se arrisca em nada, não aceita convites para sair, não topa nada, enfim, um indivíduo bem acomodado. A idéia do filme lembra um pouco “O Mentiroso”. Enquanto lá o advogado, depois de uma mandinga, só consegue dizer a verdade, aqui Carl, depois de um “pacto com o universo e consigo mesmo”, decide dizer “sim” para todas as propostas que lhe sejam feitas. A partir desta promessa é que se desenvolve a comédia do filme, com Carl sendo levado a situações das mais inusitadas para se manter firme ao prometido.

Obviedades do roteiro à parte, eu ri bastante. Como se trata de uma comédia, considero como sendo um filme bom, já que realizou aquilo a que se propõe. Claro que se você é dos odiadores de Jim Carrey, não há motivo pra ver, porque o ator continua sendo o mesmo. Do contrário, vá e saia mais leve!