Saturday, May 2, 2009

X-Men origens: Wolverine


X-Men Origens: Wolverine

A origem do mutante Wolverine - de sua infância no Canadá ao confronto com o programa Arma X - anos antes de sua entrada no grupo X-Men.

(X-Men Origins: Wolverine) EUA, 2009. Direção: Gavin Hood. Elenco: Hugh Jackman, Liev Schreiber, Danny Huston. Duração: 111 min. Classificação: 12 anos.

Rafinha

Assistimos Wolverine em uma sessão absurdamente lotada no Iguatemi, mas pelo menos conseguimos bons lugares e as pessoas ficaram quietas durante o filme. Tinha uma velha louca sentada na mesma fila que nós que guardou dois lugares e não deixava ninguém sentar, só sei que ela levou cano e ninguém apareceu, quando o filme começou ela saiu e largou lá os três lugares, bom pra nós que pegamos lugares mais no meio da fila.

Vamos lá então, eu tinha visto a versão inacabada, aquela que vazou na net e que deixou Hugh Jackman putinho. E tirando os cabos de aço aparecendo e de poucas cenas de luta com bonequinhos sem rosto, a versão final é igual à inacabada.

Eu sou uma ignorante em relação ao universo X-men, sabia como Wolverine havia ganhado o esqueleto de adamantium e perdido a memória, tirando isso, sabia de mais nada. Fontes confiáveis me informaram que eles cagaram um monte na história original. De qualquer forma, o filme é apenas um bom filme de ação. Com muitas cenas de pancadaria, óleo de amêndoas nos músculos de Hugh Jackman, frases de efeito usadas ad infinitum, mocinha que morre, yada yada yada. Alguns rombos no roteiro insultam a inteligência de espectadores mais exigentes. Gostei mesmo foi de Liev Schreiber como Dente de Sabre, eu sempre o achei um cara talentoso, embora na maioria das vezes ele seja coadjuvante e fique lá escondidinho, acho que por ele não ser gatinho. Hollywood tem dessas coisas. Mesmo em seu único trabalho como diretor – Uma vida iluminada, aquele filme de 2005 com o Frodo – ele fez um trabalho bacana.

No final de Wolverine tem duas cenas extras, uma logo após o fime e outra depois dos créditos. Vale só pela curiosidade de ver mesmo.

M.

Quem, como eu, acompanhou as publicações de X-Men e Wolverine ao longo das décadas de oitenta e noventa, sabe quantas e quantas vezes a origem de Logan foi contada e recontada, antes, durante e depois, inclusive, do HQ “Arma X”, que prometia revelar toda a verdade sobre a origem do dito cujo. Posso então tentar encarar o filme como mais uma tentativa de contar essa origem, nem menos, nem mais verdadeira que as outras. Mas isso não implica que não possa classificar essa tentativa como pior e menos coerente do que as anteriores.

Wolverine é, mais do que tudo, um filme de ação. Tem muita explosão, muito raio óptico de Summers destruindo tudo, muita luta bem coreografada. Mas tem também muita contradição e muito clichê. Não é que o filme seja um lixo, mas com certeza é muito menos do que poderia ter sido. Acho que a pressa na produção em série para não perder qualquer possibilidade de lucro derivada do sucesso dos X-Men vem comprometendo a qualidade. E isso não é algo que apareça pela primeira vez aqui, vem já do terceiro episódio da série, que foi mais fraquinho do que os dois anteriores. É por coisas como essa que o velho-doido-fumador-de-haxixe-adorador-do-lagarto não deixa colocarem o nome dele nos filmes.

Vamos voltar a pesquisar direitinho, ler o histórico dos personagens e dar coerência à coisa, ao invés de simplesmente deixar finais já com a deixa da continuação para o próximo blockbuster. Nem é tão difícil, vocês já fizeram isso bem algumas vezes, tendo a última delas sido com nosso amigo Tony Stark. Garanto que, a longo prazo, vocês ganham mais dinheiro assim, vão por mim.

2 comments:

Nick. said...

É foda... A Fox quer fazer os filmes de Heróis como qualquer filme de ação. Eles não entendem é que milhões de pessoas já conhecem aquelas histórias e se eles não contarem direito, o público não vai gostar.

A maioria dos estúdios fez isso com os filmes de heróis, deu ênfase nos efeitos especiais e nas lutas, mas esqueceu do roteiro.

Fiquei muito contente quando a Marvel resolveu tomar conta das suas franquias e fazer a parada direito. Iron-Man e Hulk foram exemplos de como fazer esses filmes. Os cabeças em toda a linha de produção dos filmes eram pessoas que conheciam as histórias e o universo no qual elas estavam inseridas muito bem.

Infelizmente X-men e Homem Aranha, duas das maiores franquias dos quadrinhos, ficaram na mão de uma linha de montagens de filmes de ação, a FOX.

Bee said...

Ruim. Ruim. Ruim.

Detestei. Nem como filme de ação serve, eu fui uma das pessoas que se sentiu bastante insultada em sua inteligência, devido à total previsibilidade e infinitos clichês do filme.

ECA! Eu só gostei das cartas voando do Gambit, que ficou descaracterizadão. Argh.